O silêncio de uma noite sem Lua e estrelas dominava a minha mente. Estava tão sozinha. Mas havia pessoas por perto. Sem alma alguma. Eram somente corpos. A casa parecia bela, mas na verdade era uma prisão. Vazia e sem natureza. Só havia uma pessoa viva. Eu.
Prudentemente eu andava pela casa, sempre com a sensação de nunca ter estado lá. Contudo eu já vivia lá há bastante tempo. Chão de madeira, janelas enormes, teto alto compunham o cenário de um pesadelo de vida. Também havia gritos.
Horror! Como era ruim e esquisito viver ali. No meio do nada. Furiosamente alguém me perseguia, tentava me matar. Como era a vida lá fora? Livre? A aventura talvez lá fora morasse. Sentia-me triste. Acabrunhada da vida, eu chorava. Queria MESMO morrer; talvez eu não agüentasse a eternidade (para encontrá-lo).
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