quarta-feira, 27 de maio de 2009

Tempos de Lembranças

Tento me lembrar
Da infância que sempre tive
Mas só consigo chorar
Da alegria que era livre

Amizades bobas
E amores inacabados
Faziam de uma menina boba
Uma criança apaixonada

Naquele tempo não pensava
No que me tornaria
Naquele tempo nem me lembrava
No mundo em que viveria

Obedecer ao mundo
Foi uma coisa simples de se fazer
Como quem cresçe no fundo
Eu aprendi a envelhecer

Poucos momentos na memória
Ainda me sobram da infância
Onde a alegria era uma glória
E a felicidade uma criança

* Paty *

domingo, 17 de maio de 2009

Infância

Hoje o telefone tocou, era minha amiga Sam, uma querida amiga do primário; ainda lembro daquele tempo onde à amizade valia tanto quanto amar alguém. Agora o amar, a profissão e os compromissos são o que há de mais importante na vida de alguém, e se ter uma querida amizade não equivale a nada.
Antigamente a amizade ajudava a curar as dores causadas pelos amores que tínhamos, agora o único jeito de se curar a dor de se ter um amor é aprender à sofrer. Como eu queria voltar para aquele tempo, onde eu era feliz e ingénua, onde eu já não sabia nada sobre o mundo em que vivo e somente sabia do mundo em que eu construía.
Sempre me pego à perguntar o motivo dessas mudanças ocorridas mas nunca encontro a resposta que preciso, sinto até que o tempo já apagou a alegria e a ideia de se poder brincar, as vezes choro por ter deixado o tempo passar e eu nem perceber que eu estava mudando, e que principalmente estava crescendo. Mas chorar não vai mudar nada então volto a pegar os meus álbuns de quando era pequena, para que assim eu possa viver outra vez a minha tão emocionante e alegre infância.

* Paty *

Segredos

Certa vez alguém me perguntou se eu tinha segredos, eu repondi " Sim, tenho" a pessoa então se calou e não perguntou ou falou mais nada. No dia eu não entendi o por que do silêncio após a minha resposta, mas tempos depois percebi o por que.
Sempre que penso, lembro dos meus segredos guardados a uma chave; eles eram segredos bobos, coisa de criança mas que até hoje nunca revelei-os. Sempre que decidia contá-los a alguém eu não conseguia, abria a boca e depois fechava-a, pois me lembrava das promesas que havia feito para poder saber daquele segredo.
Ás vezes choro ainda por um dia ter pedido para saber segreos dos outros e não me contentar só com os meus... muitas vezes choro por nunca tê-los contádos a alguém, muitas vezes quis contar, principalmente os meus mas pensava que se aquilo já me machucava eu não devia machucar mais ninguém. Gosto de lembrar da minha infância feliz mas complicada; das amigas alegres mas ingênuas; e das brincadeiras infantis em que brincava. Sempre gostei de chorar pelo passado, mas sempre preferi rir do futuro, onde deste sei que pedirei para saber de segredos dos outros e me machucar por guardá-los somente a uma chave.

* Paty *

Lua

Sinto que vou morrer... Ontem meu amor foi embora; estava chovendo... Desde então não tenho notícias dele.Ele se foi para sempre, nunca mais vai voltar.
Neste momento estou a pensar em você, para onde se foi o nosso amor? Acho que o vento levou, estou a esperar que o Sol nasça para que assim você volte... Mas agora a Lua me castiga, sem nenhum perdão vou morrer. As estrelas tentam me consolar, mas o mar está a me chamar...
Por quê tudo mudou? A resposta eu sei que não vou ter.. não desejo mais sofrer, vou tentar pedir aos céus e a Lua para me indicarem, se puderem, o caminho da felicidade, pois de solidão e sofrimento já estou lotada.
Todos a minha volta estão felizes e logo eu, a mais feliz de todos, estou triste, estou sozinha e sofrendo. Por quê ninguém vê a minha tristeza? Será que estou invisível para o mundo? Por quê ninguém me ajuda? Agora o tempo não me dá espaço para ouvir as respostas... Tenho que ir. A Lua está cheia e o mar está a me chamar... Tchau tenho que ir... Morrer...!

* Paty *