terça-feira, 28 de setembro de 2010

Momento Permanente

Tudo a minha volta pode me trazer inspirações para escrever algo, mas, infelizmente, nem meu coração, nem minha alma, estão inspirados agora.
Minhas palavras saem com certa dificuldade, um vento inexistente me faz tremer, e uma sensação estranha envolve meu coração causando-me medo. "Algo não esta certo... nada certo..." Nunca esta quando me sinto assim. Algo sempre da errado, mas não sei o que ira acontecer de mal, com quem, ou ate mesmo como poderei tentar impedir... Eu não sei de nada.
Isso me incomoda. Mas não posso mudar o que sinto. Não posso, mesmo que eu queira. Deve haver uma maneira de controlar isso. Impedir não, mas sim controlar.
Ahhh! Sinto-me como uma louca! ... Quem dera isso pudesse acabar com um simples ponto final.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Poemas breves

(Primeiro poema...)

Não quero mais te ver.

Você só me faz sofrer.

Por que tem que doer?

Queria poder morrer...

Como posso não lhe ter

E ainda assim sobreviver?


Mais um mistério da vida,

Um complicado beco sem saída.


(Segundo "poema"...)

Quando estou longe de você minha vida adquiri falhas.

Quando penso em você meu coração desmancha em lágrimas.

Quando sonho com você dos meus olhos brotam águas.

Quando estou com você minha alma cria asas.

...

Quando me perco em você de mim não sobra nada.

Corpo e Ser.

O ser humano é como uma folha de papel, seu humor (e sua vida) ás vezes pode estar estar “láem cima” e do nada mudar completamente. O coração humano é frágil, como uma folha de papel, já quedependendo da força da chuva ou do sol, ele pode se desmanchar ou queimar. O coração humanosempre sofrerá abalos. A alma humana esta sempre procurando o equilíbrio de tudo, mas isso diminuicom o passar do tempo, assim como o papel diminui seu “pêndulo” durante sua tragetória do ar ao chão.
O ser humano é como um folha de papel, possui várias utilidades, várias formas durante suaexistência, mas no fim vira lixo. Vira um nada.
(Pdr*- 01.08.10)

Roda do tempo

O sol se esconde em um infinito de nuvens.
Os campos a vista ocupam parte da beleza da cidade.
O ônibus passa rapidamente em volta daquele lugar encantador.
Onde será que vou parar?
Meus olhos procuram respostas nas páginas do livro em minhas mãos.
Meu coração bate rapidamente na espera delas.
Meu corpo já sabe que nada se encontra ali. Nenhuma informação que responda minhas perguntas.
Meu pescoço se vira procurando uma esperança através da janela, um sol.
Mas ele se foi por entre as nuvens, agora nasce a lua, à espera de desejos.
A cidade que eu tanto observava estava já longe de mim.
Onde estou? Sinto-me perdida…Mais uma vez.
Será sempre assim? Espero que não...
Deus, será que vai chover? Parece que sim.
O céu está tão escuro, assim como meu coração ao partir...
Acendo uma das luzes de leitura do ônibus. Tento ler, mas meus olhos se fecham sozinhos.
O cansaço me atinge em cheio, encosto a cabeça e tento descancar um pouco.
Quem sabe onde estarei ao abrir do olhos?

“...Longe, bem longe daqui...”

Uma amiga.

Tenho que correr. Dormir demais tem seus problemas, como chegar atrasada em encontros que marcamos a mais de um mês com uma amiga. Ainda bem que moro perto do café que marcamos de nos encontrar, se não nunca ia chegar a tempo de poder conversar direito com minha amiga... Esse é o mal dela ser tão boa no que faz, quase não tem tempo pra nada além do seu trabalho.
Quando cheguei na entrada do estabelecimento, reconheci sua cabeca, de onde saiam mil caixinhos perfeitos. Ela era linda, mas não reconhecia. Uma pena. Que saudade eu tinha dela, fazia tempos que não nos viamos... Agora estavamos ali, uma de frente pra outra, mas como agir? Correr pro abraço? Dar gritinhos? Não. Não faziamos isso, nem quando eramos adolescentes. Tinhamos nos tornado “mulheres maduras”, tendo trabalho fixo, casa própria, vida própria. Que saudades daquele tempo em que nada era tão corrido como hoje, saudades de quando tinhamos tempo para rir de bobagens idiotas. Foi um tempo bom aquele, mas acabou. Infelizmente e felizmente. Perdemos o tempo que tinhamos, mas ganhamos mais liberdade...
Ela se levantou e veio me dar um abraço. Continuava baixinha, como sempre fora, mas agora parecia mais confiante em si mesma. Que orgulho ela me dava, tinha tornado seus sonhos realidades, sonhos que a tornaram uma pessoa muito bem sucedida. Não tinha inveja dela, nossos objetivos sempre foram contrários, ambos nos tornamos o que precisamos na vida. Diferentes em tudo, menos no carinho que uma tinha pela outra. Sorri pra ela... Nossas vidas podiam dos distanciar o quanto desajassem, mas sempre nos reconheceremos, sempre iremos rir de nós mesmas. Era bom vê-la novamente.